terça-feira, 13 de julho de 2010

Primeiro data center do País com selo Tier III abre em agosto

Empreendimento será inaugurado em Belo Horizonte (MG) pela Ativas que investiu US$ 50 milhões no projeto e espera conquistar 300 clientes de grande porte em cinco anos com serviços diferenciados. A previsão de faturamento anual para 2014 é de R$ 200 milhões.

Por Edileuza Soares, da Computerworld
09 de julho de 2010 - 07h05

Para atender o aquecimento da demanda pelos serviços de terceirização de TI, entra em operação em agosto no Brasil um novo data center, baseado em padrões modernos. O empreendimento, que recebeu um investimento inicial de 50 milhões de dólares, vai funcionar fora do eixo Rio/São Paulo, com instalações em Belo Horizonte. Controlado pela Ativas, o centro de processamento vai concorrer com empresas como IBM, Tivit, Diveo e HP.

O negócio marca a entrada no mercado de TI do grupo Asamar, com vários negócios no País, entre os quais a rede de postos de combustíveis Ale. A empresa decidiu investir nessa área, atraída principalmente pelo potencial de crescimento do modelo de cloud computing no Brasil. Para disputar as oportunidades, a companhia planeja aplicar nos próximos cinco anos mais 70 milhões de dólares para ampliação da infraestrutura.

Parte desses recursos deverá ser dividida com o novo sócio da Ativas, que é a Cemig Telecom, que anunciou na semana entrada no negócio com participação de 49% e fez um aporte inicial de 6,7 milhões de reais. O data center começa a operação com seis clientes, sendo que entre os quais estão a Unimed de Belo Horizonte e a Taesa, que opera com transmissão de energia em Minas. A expectativa da companhia é elevar esse número para 300 contas em cinco anos e chegar em 2014 com faturamento de 200 milhões de reais.

Como diferencial para enfrentar a concorrência e atingir essas metas, o novo centro de processamento de dados já nasce com o selo Tier III, concedido pelo Uptime Institute, entidade internacional especializada em homologação de data centers de grande porte. A Ativas foi a primeira empresa da América do Sul a obter a certificação, que atesta que sua infraestrutura está preparada para funcionar 99,98% do tempo durante os 365 dias do ano.

“Essa certificação garante que nossos clientes terão segurança e continuidade de seus negócios. O máximo que poderemos ficar fora do ar em um ano é menos de duas horas”, afirma o CEO da Ativas, Alexandre Siffert. O projeto do data center foi concebido para funcionar com redundância duplicada em toda infraestrutura.

Segundo o executivo, o projeto de pesquisa levou ano com visita a data centers modelos no mercado internacional, como os da HP, IBM e Dell. O objetivo era construímos no Brasil um ambiente de alta disponibilidade, baseado nas melhores práticas validadas pelo Uptime Institute.

Pela sua complexidade, o novo espaço é considerado um data center de nova geração, que Siffert chama de versão 3.0. “Outros no País afirmam que estão em conformidade com a certificação Tier III, mas nenhum foi projetado, seguindo desde a construção todos os requisitos d o Uptime”.

O data center já nasce com infraestrutura pronta para ser totalmente virtualizada. Siffert destaca que um dos benefícios de operar com esse modelo será a facilidade e rapidez para provisionar serviços para os clientes. O gerenciamento também será menos custoso, o que segundo ele, poderá ser mais agressivo no mercado.

Oferta de serviços
O data center da Ativas promete entregar infraestrutura de TI com modelo diferenciado aos clientes, oferecendo acordo de nível serviço (SLA) também para as aplicações, sem entrar na estratégia do negócio. O plano da empresa é fazer diagnósticos para identificar como determinado aplicação impacta no negócio da empresa, quando os equipamentos precisam de atualização ou param por algum motivo.

O CEO da Ativas dá como exemplo a avaliação do processamento de um sistema de gestão empresarial (ERP) de uma indústria ou o prontuário eletrônico de um hospital que são vital para a operação e que se pararem vão afetar o negócio. “Vamos gerar informações importantes da gestão de TI para CIO. Ele vai poder falar com o CFO sobre como negócio será impactado pela infraestutura e não mais que precisa de memória para o servidor”.

Construído em um terreno de 30 mil metros quadrados e ocupando área útil de 6 mil metros quadrados na região metropolitana de Belo Horizonte, o novo data center quer levar suas ofertas para outros mercados, além de Minas. No primeiro ano vai se concentrar na região Sudeste, que responde por cerca de 60% dos contratos de serviços de TI no Brasil. Depois planeja ter operação nacional.

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