segunda-feira, 26 de julho de 2010

ERP vira arma para gestão da emissão de carbono

Cidade norte-americana vai economizar mais de US$ 500 milhões, graças à adoção de 150 iniciativas verdes

CIO/EUA
Publicada em 23 de julho de 2010 às 08h00

Há três anos, a cidade de Palo Alto (Estados Unidos) resolveu reduzir as emissões de carbono em 5% até 2009 e em 15% até 2020. A saída encontrada foi distribuir uma planilha de redução de carbono para os diversos departamentos da prefeituras e deixou que os gestores elaborassem suas próprias ideias para cumprir o exigido.

Depois de uma série de discussões, os gestores perceberam que olhar apenas a conta mensal de energia elétrica não era suficiente. Foi quando o gerente de riscos energéticos de Palo Alto, Karl Van Orsdol, percebeu que o sistema de ERP da companhia tinha informações importantes sobre todo o consumo e as tendências energéticas do grupo. "Mas faltava uma recomendação de como poderíamos economizar", pontua Orsdol.

Assim, em 2009, a cidade implementou um sistema de gestão de energia elétrica da empresa californiana Hara e baseado no modelo de SaaS (software como serviço). A solução gera relatórios precisos e extrai dados detalhados, a partir dos registros no sistema de ERP, da SAP. O que resultou na criação de 150 projetos 'verdes' - voltados a reduzir a emissão de carbono - e uma economia que deve ultrapassar os 500 milhões de dólares em 2010.

Qualquer organização que tenha um sistema de ERP pode seguir o exemplo de Palo Alto. Por exemplo, quem administra uma frota de veículos, consegue verificar o consumo de combustível e quanto custa manter a frota abastecida.

No caso de Palo Alto, cada vez que um veículo da administração municipal abastece o tanque de combustível, essa operação gera uma entrada no SAP, que é capturada. Com base nesses registros, o departamento de polícia, por exemplo, descobriu que instalar ventiladores nos automóveis das equipes elimina a necessidade de manter o carro funcionando, para manter o ar condicionado, quando estacionado. Outras alternativas incluem a substituição de lâmpadas fluorescentes antigas e a renovação de determiandos equipamentos, como refrigeradores.

O CIO do município, Glen Loo, relata que uma das premissas do projeto foi investir o mínimo necessário e não consumir muito tempo das equipes de TI para aferição e análise das métricas geradas pelo sistema. Segundo ele, o modelo de SaaS atendeu a essas duas necessidades e só exigiu que os funcionários de Loo criassem uma interface para integrar os aplicativos Hara e o ERP. “Ter de capturar dados de uma sistema e passá-los para outro teria sido mais complicado”, afirma o CIO.

(Elana Varon)

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